(BBC/O Globo) Cientistas russos do Instituto de Estudo Médico de Primatas de Sochi, na cidade de Vesyoloye, perto do Mar Negro, estão selecionando macacos que serão enviados para Marte.
"Humanos e macacos têm, aproximadamente, a sensibilidade idêntica a pequenas e grandes doses de radiação", afirmou o diretor do instituto Boris Lapin.
"Então, é melhor fazer experiência com macacos, mas não em cães ou outros animais", acrescentou.
Depois de dois anos de experiências com primatas, os 40 animais mais adequados serão enviados ao Instituto de Problemas Biomédicos em Moscou, onde cientistas estudam biomedicina aeroespacial.
Falta de gravidade
Além de estudar os efeitos das doses de radiação, os cientistas também querem observar como os macacos reagem a períodos prolongados sem gravidade, no isolamento e seguindo uma dieta especial de sucos e comida sólida em forma de purê.
Mas as experiências com macacos ainda geram polêmica. A Rússia é um dos poucos países do mundo que realiza este tipo de experiência com primatas.
"A humanidade sacrifica mais de 100 milhões de animais por ano em nome da saúde e da beleza. Acho que é hora de pensar em uma alternativa para as experiências com animais", afirmou Andrei Zbarsky, do grupo conservacionista internacional WWF.
Boris Lapin, diretor do Instituto de Estudo Médico de Primatas, admite que registrou objeções de outros cientistas, europeus, preocupados com as experiências com animais.
Anaida Shaginyan, uma pesquisadora do instituto, afirmou que, "certamente, sinto muito pelos macacos, eles podem morrer, mas as experiências são necessárias para preservar a vida dos cosmonautas que vão viajar para Marte no futuro".
Criação
O instituto tem sua própria criação de macacos, então não é necessário capturá-los em florestas.
E a Rússia também tem experiência no envio de macacos ao espaço: 12 macacos já foram enviados em missões anteriores.
Os primeiros macacos envolvidos em missões russas foram ao espaço em 1983, onde permaneceram durante cinco dias. Os animais voltaram a Terra, passaram por uma reabilitação e voltaram ao bando.
Desde então, a Rússia realizou missões tripuladas por macacos em 1987, 1989, 1992 e 1996. Um dos macacos, Krosh, participou da missão em 1992 e ainda está vivo e saudável.
Depois disso, projeto foi paralisado por falta de dinheiro. Atualmente, a Rússia está realizando experiências na Terra, com a reprodução das condições de falta de gravidade.
Os cientistas vão realizar as experiências com macacos ao mesmo tempo em que ocorrem as experiências do projeto Marte-500.
O projeto, que começa em 2009, visa simular as condições de um vôo interplanetário. Os voluntários passarão 17 meses em um simulador de nave espacial, em Moscou.
Entretanto, uma expedição real a Marte não deve ocorrer pelo menos nos próximos dez anos.
"Humanos e macacos têm, aproximadamente, a sensibilidade idêntica a pequenas e grandes doses de radiação", afirmou o diretor do instituto Boris Lapin.
"Então, é melhor fazer experiência com macacos, mas não em cães ou outros animais", acrescentou.
Depois de dois anos de experiências com primatas, os 40 animais mais adequados serão enviados ao Instituto de Problemas Biomédicos em Moscou, onde cientistas estudam biomedicina aeroespacial.
Falta de gravidade
Além de estudar os efeitos das doses de radiação, os cientistas também querem observar como os macacos reagem a períodos prolongados sem gravidade, no isolamento e seguindo uma dieta especial de sucos e comida sólida em forma de purê.
Mas as experiências com macacos ainda geram polêmica. A Rússia é um dos poucos países do mundo que realiza este tipo de experiência com primatas.
"A humanidade sacrifica mais de 100 milhões de animais por ano em nome da saúde e da beleza. Acho que é hora de pensar em uma alternativa para as experiências com animais", afirmou Andrei Zbarsky, do grupo conservacionista internacional WWF.
Boris Lapin, diretor do Instituto de Estudo Médico de Primatas, admite que registrou objeções de outros cientistas, europeus, preocupados com as experiências com animais.
Anaida Shaginyan, uma pesquisadora do instituto, afirmou que, "certamente, sinto muito pelos macacos, eles podem morrer, mas as experiências são necessárias para preservar a vida dos cosmonautas que vão viajar para Marte no futuro".
Criação
O instituto tem sua própria criação de macacos, então não é necessário capturá-los em florestas.
E a Rússia também tem experiência no envio de macacos ao espaço: 12 macacos já foram enviados em missões anteriores.
Os primeiros macacos envolvidos em missões russas foram ao espaço em 1983, onde permaneceram durante cinco dias. Os animais voltaram a Terra, passaram por uma reabilitação e voltaram ao bando.
Desde então, a Rússia realizou missões tripuladas por macacos em 1987, 1989, 1992 e 1996. Um dos macacos, Krosh, participou da missão em 1992 e ainda está vivo e saudável.
Depois disso, projeto foi paralisado por falta de dinheiro. Atualmente, a Rússia está realizando experiências na Terra, com a reprodução das condições de falta de gravidade.
Os cientistas vão realizar as experiências com macacos ao mesmo tempo em que ocorrem as experiências do projeto Marte-500.
O projeto, que começa em 2009, visa simular as condições de um vôo interplanetário. Os voluntários passarão 17 meses em um simulador de nave espacial, em Moscou.
Entretanto, uma expedição real a Marte não deve ocorrer pelo menos nos próximos dez anos.
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