(Efe/Folha) Rochas em Marte contêm minerais formados, provavelmente, pela evaporação de água, mas um estudo publicado ontem pela revista "Science" indica que essa água poderia ser salgado demais para a vida de organismos conhecidos.
A publicação do estudo liderado por Nicholas Tosca, do Departamento de Biologia de Organismos e Evolução na Universidade de Harvard, coincide com o início de trabalhos em Marte da sonda Phoenix, que estudará a água na região norte do planeta.
Tosca e seus colaboradores compilaram os dados geoquímicos obtidos da planície conhecida como Meridiani Planum, localizada dois graus ao sul do equador marciano, e de outros ambientes do planeta onde se precipitaram os minerais das salinas.
"Uma avaliação mais ampla da habitabilidade requer ir além da mera presença de água para considerar suas propriedades", indicam os cientistas. "A água pode ser um requisito para a vida na Terra, mas nem todas as águas da Terra são habitáveis."
Os resultados indicam que a água derivada dos minerais que os pesquisadores observaram em Marte deve ter sido extremamente salobre, muito mais que qualquer fluído natural conhecido na Terra.
A região onde a sonda Phoenix fará seus estudos se encontra nas latitudes mais altas do hemisfério norte de Marte, onde se confirmou a presença de gelo sob a superfície desde o início de 2002, com as observações desde o satélite Mars Oddysey.
Se tudo correr bem na Phoenix, um braço robótico escavará a superfície, pegará amostras e as depositará em um laboratório parecido com um forno, sobre a cápsula, onde os vapores que produzam os minerais dos exemplos serão analisados.
Com isso, os cientistas esperam determinar se o gelo derreteu alguma vez e se essa região, que cobre quase 25% da superfície de Marte, abrigou formas de vida e poderia ser habitável.
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