(Panorama Espacial) Ontem (19), o Departamento do Tesouro do governo norte-americano “descongelou” ativos da empresa chinesa China Great Wall Industry Corporation (CGWIC) e de sua subsidiária nos EUA, a G.W. Aerospace, que desde junho de 2006 estavam congelados em razão do envolvimento dessas empresas com o programa de mísseis do Irã. Uma legislação norte-americana criada há cerca de três anos permite que o governo congele ativos (contas bancárias, instalações, créditos, etc.) de entidades, empresas e indivíduos envolvidos com a proliferação de armas de destruição em massa.
A CGWIC é a empresa estatal chinesa responsável pela comercialização e execução de todos os lançamentos espaciais realizados a partir dos centros espaciais do gigante asiático.
Mas, afinal, qual é a relação da notícia com a América Latina, ou mais especificamente com o Brasil? Reza a lenda que entre os ativos da CGWIC congelados desde 2006 estava uma conta de compensação (“escrow account”) numa agência do Banco da China em Nova Iorque com recursos pagos pelo Brasil à CGWIC para o lançamento dos dois primeiros satélites de observação terrestre da série CBERS. Algo em torno de US$ 15 milhões. Em troca do lançamento, foi negociada uma contrapartida da China em benefício do Brasil: o país asiático deveria usar os recursos depositados para adquirir bens fabricados no País com alto conteúdo tecnológico, preferencialmente na área espacial. Até onde se sabe, esta contrapartida nunca ocorreu.
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