A nebulosa de Órion, com as estrelas gêmeas em destaque
(Efe / Estadão) Ao contrário dos bebês humanos, as estrelas gêmeas idênticas não nascem ao mesmo tempo, o que permite que suas características se diferenciem durante o desenvolvimento, diz um estudo publicado pela revista científica britânica Nature.
Duas estrelas gêmeas idênticas são as que têm a mesma massa e se formaram a partir da mesma nuvem de gases e poeira, duas características que determinam suas outras propriedades: raio, temperatura e luminosidade.
Diante disto, estrelas assim deveriam ser iguais em todos os sentidos, mas cientistas da Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos) descobriram o contrário.
Enquanto estudavam duas estrelas gêmeas de um jovem sistema binário da nebulosa de Órion, observaram que, apesar de terem a mesma massa, se diferenciavam em 10% na temperatura, em 50% na luminosidade e entre 5% e 10% no raio.
Os especialistas afirmam que estas diferenças indicam que uma das estrelas gêmeas nasceu cerca de 50 mil anos antes da outra, o que gerou diferenças de desenvolvimento.
Para o professor de astronomia Keivan Stassun esta descoberta permitirá que se explique a história das estrelas jovens (como as estudadas, que têm cerca de um milhão de anos).
Esta pesquisa obrigará os cientistas a reavaliarem os modelos de formação de estrelas existentes para reajustar a forma de medição da massa e da idade dos jovens corpos celestes.
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