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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Eclipse do Sol será espetáculo nas regiões mais remotas

Totalidade será visível no norte do Canadá, na ponta da Groenlândia, partes da Rússia, China e Mongólia

(Associated Press / Estadão) Um eclipse total do Sol vai escurecer os céus de parte da Terra na sexta-feira, 1º de agosto, mas geografia, economia, clima e até os Jogos Olímpicos combinaram-se para fazer com que seja muito difícil, ou muito caro, observá-lo diretamente.

A ocultação completa do Sol, que ocorre quando parte mais escura da sombra da Lua cai sobre a Terra, só poderá ser vista nos locais mais remotos: o extremo nordeste do Canadá, a ponta da Groenlândia, partes da Rússia, China e Mongólia, incluindo o Deserto de Gobi. Para quem não puder estar lá, o show entrará ao vivo na internet.

Algumas das áreas onde o eclipse terá maior duração - incluindo partes do Ártico - têm probabilidade de 75% de tempo ruim, o que tornará a observação difícil até para quem estiver passando por lá.

Mas os caçadores de eclipses mal podem esperar.

"É tão raro e incomum que seria triste deixar passar a oportunidade", disse o astrofísico da Nasa Fred Espenak, que acompanha eclipses desde 1970 e tem seu próprio website, o Mr. Eclipse. Ele estará no norte da China para assistir ao espetáculo, com um grupo de turistas.

Os Jogos Olímpicos, que começam uma semana depois em Pequim, fizeram com que ficasse mais caro e difícil obter passagens e hospedagem, disse Espenak. E a alta mundial dos preços da gasolina também não está ajudando, disse o editor emérito da revista de astronomia Sky and Telescope, Richard Fienberg.

Passeios turísticos para acompanhar eclipses costumavam custar de US$ 1 mil a US$ 2 mil, mas muitos roteiros da China já estão em US$ 3 mil ou US$ 6 mil, fora o transporte aéreo. Para acompanhar Fienberg a um cruzeiro pelo Ártico será preciso desembolsar US$ 23 mil.

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