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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Estudo revela novos dados sobre a formação do Sistema Solar

(MCT / JB) Estudo realizado pela cientista brasileira Thaís Mothe Diniz e o americano David Nesvorny pode ajudar a comunidade científica a compreender melhor a formação do Sistema Solar, a composição dos corpos e o movimento das órbitas.

Ambos descobriram, através de observações nos Telescópios Gemini (no Havaí e no Chile), pela primeira vez, asteróides similares aos condritos ordinários (os meteoritos mais comuns encontrados na Terra) no cinturão principal (entre Marte e Júpiter). O resultado desse trabalho está sendo publicado na Revista Astronomy & Astrophysics.

O resultado confirma a teoria de que existem objetos que são os corpos progenitores dos condritos ordinários no cinturão principal, mas provavelmente têm sua superfície modificada por eventos durante sua vida no Sistema Solar, como a implantação de partículas do vento solar, o bombardeamento deles por micrometeoritos ou colisões com raios cósmicos.

Objetos de famílias muito jovens, entretanto, tiveram suas superfícies refrescadas pela colisão, e não ficaram em órbita no Sistema Solar por tempo suficiente para sofrerem fortemente os efeitos deste envelhecimento.

Assim, a dupla de pesquisadores comparou diretamente os dados espectroscópicos desses objetos com os de meteoritos analisados em laboratório e descobriram que ambos são semelhantes.

O estudo sugere que pode haver mais objetos que sejam semelhantes a condritos ordinários e que devem ser procurados entre os pequenos asteróides, que têm mais chances de serem resultado de colisões recentes.

O trabalho é interessante para pesquisadores que estudam as escalas de tempo de ação dos eventos de envelhecimento espacial.

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