A Rússia pretende trazer uma amostra de solo de Fobos, uma das luas de Marte, antes de 2015
(Efe / Estadão) A Nasa e a Agência Espacial Européia (ESA) consideram a possibilidade de enviar uma missão espacial não tripulada conjunta a Marte antes de 2020, segundo afirmaram especialistas destas duas organizações, em uma conferência sobre a exploração do planeta vermelho realizada na França.
Os representantes da Nasa e da ESA reuniram-se com membros da japonesa Jaxa e da russa Roscosmos, em uma conferência de dois dias que terminou nesta quinta-feira, 10, em Paris, onde debateram de maneira preliminar uma missão MSR (Mars Sample Return, ou retorno de amostra de Marte).
Na conferência, foram apresentados os resultados do grupo internacional de estudo IMARS, que avalia a possibilidade de enviar ao Planeta Vermelho um equipamento robótico capaz de retornar à Terra com amostras obtidas para posterior análise.
A Rússia já está desenvolvendo um projeto, com lançamento previsto para 2009, para trazer à Terra amostras do solo de Fobos, uma das duas luas de Marte. A sonda russa, Phobos-Grunt, deverá "dar carona" à chinesa Yinghuo-1, satélite que marcará a primeira missão da China a outro planeta.
Até hoje, todas as análises de solo marciano já realizadas foram feitas de modo remoto, por meio de sondas e robôs enviados ao planeta, ou a partir de meteoritos de origem marciana encontrados na Terra. Em 1996, cientistas ligados à Nasa chegaram a anunciar que um desses meteoritos, ALH 84001, continha sinais de vida microbiana, mas as evidências que apresentaram não chegaram a convencer a comunidade científica.
Atualmente, a sonda Phoenix, da Nasa, realiza testes no solo da região ártica do planeta.
A missão conjunta ao planeta vermelho permitiria ao ser humano avaliar se há ou houve vida em Marte, além de fornecer maiores conhecimentos sobre as características geológicas do planeta e informações que serão úteis para um possível desembarque de astronautas no planeta.
Os representantes de todas as agências que participaram do encontro concordaram que a missão está mais próxima de realizar-se do que antes do encontro, e insistiram também que, caso seja levada adiante, nenhum país ou grupo de países deve tentar capitalizar o êxito do projeto, devendo este permanecer como um êxito global.
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