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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mais informações sobre o satélite chileno

(Panorama Espacial) Passadas algumas semanas do anúncio da compra pelo Chile de seu primeiro satélite de sensoriamento, já é possível consolidar algumas informações mais detalhadas que foram divulgadas sobre o negócio.

O satélite, ainda sem nome oficial, terá massa de 150 kg, vida útil estimada em cinco anos, e órbita polar heliossíncrona, numa altitude entre 650-750 km. A carga útil será composta por dois sensores óticos: uma câmera pancromática com resolução de 1.8-2.5 metros, e outra multiespectral, com resolução de 5-10 metros. O contrato assinado com a EADS Astrium, estimado em 74 milhões de dólares inclui o desenvolvimento e construção do segmento orbital, a instalação de duas estações terrenas para o controle, recepção e processamento das imagens, treinamento de pessoal e lançamento.

O lançamento está previsto para março de 2010 (algumas fontes mencionam julho), por um foguete russo Soyuz operando a partir do centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa. No mesmo vôo também deve subir um satélite de imageamento de alta-resolução Pleaides, desenvolvido pela Agência Espacial Francesa (CNES).

Embora a concorrência para a aquisição do sistema espacial tenha sido realizada pelo Ministério da Defesa, o governo chileno alega que o satélite será majoritariamente utilizado para finalidades civis, como cartografia, controles ambientais, mineração, agricultura e pesca. Alguns países vizinhos, especialmente o Peru demonstraram preocupação com o tema, temendo se tratar de um satélite-espião, algo refutado por Santiago.

A compra será bancada com recursos obtidos por meio da "Lei do Cobre", que garante às forças armadas chilenas, para investimentos, dez por cento do faturamento da mineradora estatal Codelco. Existe uma expectativa de que a operação do satélite seja transferida para a Agencia Chilena del Espacio.

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