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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sonda "Opportunity" conclui estudo da cratera Victoria em Marte

(Efe / O Globo) A sonda "Opportunity" terminou seu estudo da cratera Victoria em Marte e se prepara para retornar às planícies do planeta vermelho, informou o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa. O veículo pousou há quase um ano em uma das encostas da cratera para estudar a composição de suas rochas.

- Fizemos tudo o que tínhamos que fazer quando entramos na cratera Victoria e muito mais - disse Bruce Banerdt, cientista da "Opportunity" e de seu veículo gêmeo "Spirit" do JPL.

Um comunicado do organismo científico da Nasa assinalou que, agora, a "Opportunity" iniciará a análise das rochas próximas, muitas das quais foram lançadas à atmosfera do planeta com o impacto do objeto que criou a cratera.

- Nossa experiência nos diz que há muita diversidade nessas rochas e seu exame será importante para compreender a geologia da região - disse Scott McLennan, da Universidade Estadual de Nova York, e um dos membros da equipe científica.

"Opportunity" entrou na cratera no dia 11 de setembro de 2007, um ano após analisar as bordas de Victoria, que tem um diâmetro de aproximadamente 800 metros. Ao contrário da "Spirit" que perdeu a função de uma de suas rodas, as seis de "Opportunity" trabalham perfeitamente e seu funcionamento foi dez vezes melhor que o esperado, afirma o JPL em comunicado.

- Se só cinco rodas da ''Opportunity'' tivessem funcionado, nunca teria conseguido sair da cratera - declarou Bill Nelson, diretor da missão do veículo no JPL.

Segundo o JPL, a "Spirit" retomou suas observações após sobreviver ao forte inverno marciano, no entanto, só poderá se movimentar quando for aumentada a recepção de luz solar pelos painéis que geram sua energia.

- Ambos os veículos mostram sinais de envelhecimento, mas ainda são capazes de realizar prospecção científica e descobertas - disse John Callas, diretor do projeto.

Os dois veículos desceram na superfície marciana em janeiro de 2004 e dois meses depois, em uma de suas principais descobertas, confirmaram que Marte teve água em seu passado remoto.

Apesar de terem sido projetados para cumprir tarefas durante três meses em Marte, os dois veículos funcionaram quase ininterruptamente durante mais de quatro anos.

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