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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Terminam os últimos testes com simulador do Big Bang


(Efe / Estadão) A Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, em francês) ensaiou com sucesso a condução de partículas no anel subterrâneo do Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês). O enorme tubo acelerador pretende testar as teorias modernas sobre a composição da matéria, verificando, por exemplo, a existência de partículas jamais vistas, como a Higgs, conhecida apenas na teoria.
O experimento, realizado várias vezes neste fim de semana, consistiu em testar a sincronização do LHC com o acelerador Super Proton Synchrotron (SPS). A prova permitiu aos cientistas afinar as medidas e a condução de partículas pelos ímãs incorporados ao LHC. Esses foram os últimos ensaios antes do primeiro grande teste do LHC, previsto para 10 de setembro.
O LHC é um acelerador de 27 quilômetros de circunferência, equipado com grandes ímãs supercondutores. Ele foi construído com um triplo objetivo: desvendar a última estrutura da matéria, as propriedades das forças fundamentais e as leis que regem a evolução do Universo.
Para isso, fará uma espécie de simulação do Big Bang.
A máquina fica em um túnel entre 50 e 120 metros de profundidade e se divide em oito setores. Ela se baseia em uma rede magnética, com dois túneis pelos quais circulam prótons em sentidos opostos, e contém 1.232 ímãs bipolares (de 15 metros de comprimento cada um) e 392 de quatro pólos (de cerca de 6 metros cada), além de milhares de ímãs pequenos. Dispõe ainda de sistema de aceleração baseado em cavidades de radiofreqüência supercondutoras que permite aumentar a energia dos feixes a um fator 15 em cerca de 30 segundos.
Quando a máquina estiver em pleno funcionamento, serão produzidas nas regiões de interação 1 bilhão de colisões por segundo, das quais, estima-se, só uma entre 1 trilhão será verdadeiramente interessante para os cientistas.

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