sexta-feira, 5 de junho de 2009
Novo reciclador pode garantir longas viagens espaciais
Um novo sistema de reciclagem de dejetos que pode garantir a presença prolongada de seres humanos no espaço está sendo desenvolvido na Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha. Uma tripulação de 40 ratos de laboratório foi instalada nesta quinta-feira em uma planta-piloto capaz de converter os dejetos e resíduos dos animais em oxigênio e alimentos. As informações são do jornal espanhol El Mundo.
O objetivo do ecossistema artificial - que integra o projeto Melissa, da ESA, agência espacial européia - é simular a auto-sobrevivência de astronautas no espaço e a independência da nave em uma viagem de longa duração. Os 40 roedores equivalem ao consumo de oxigênio de uma pessoa e irão conviver no local por mais de dois anos.
O novo sistema é formado por quatro reatores que convertem os resíduos e dejetos em dióxido de carbono e nitrato. De acordo com o jornal espanhol, as substâncias alimentam um viveiro artificial de algas e plantas que, por sua vez, produz a quantidade necessária de oxigênio para a respiração autônoma dos animais.
Segundo os pesquisadores, o ciclo de reciclagem artificial possibilitaria uma viagem de longa duração pelo espaço. Para que a tripulação sobreviva a uma viagem a Marte de mil dias, seriam necessárias 30 t de alimentos e oxigênio. Para o diretor do projeto, Enrique Peiro, citado pelo El Mundo, esta carga é incapaz de ser transportada.
Mesmo estando em fase inicial, Peiro está otimista com o novo processo de reciclagem. "Em um futuro próximo, poderá se incorporar às naves espaciais que irão a Marte", concluiu.
Fonte: Redação Terra
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