Um telescópio espacial descobriu uma pequena galáxia coberta de poeira cósmica, que é o lar de milhares de estrelas do universo primitivo, quando este tinha somente 1,5 milhões de anos, informou nesta segunda-feira o Instituto Nacional das Ciências do Universo da França (Insu), do Centro Nacional de Investigação Científica. Entre as principais galáxias que produzem estrelas massivas, esta é a menor e a mais distante já conhecida, disse o instituto em comunicado.
Situada perto do agrupamento de galáxias chamado Abell 2218, a nova galáxia tem o tamanho menor que o da Via Láctea, mas ainda assim, forma 100 vezes mais estrelas do que a galáxia que abriga a Terra e o Sistema Solar. Ela foi descoberta pelos astrônomos Jean-Paul Kneib e Kirsten Kraiberg Knudsen com a ajuda de uma lente gravitacional, também chamada de telescópio cósmico.
Este tipo de corpo cósmico pode ser observado quando a luz procedente dos objetos distantes e brilhantes se curva em torno de uma galáxia massiva, deformando o espaço-tempo e desviando a luz de outras galáxias distantes. Neste sentido, o telescópio cósmico permitiu aos cientistas provar a existência do pequeno "objeto empoeirado".
"Sabemos muito pouco deste tipo de galáxia, sobretudo, quando tentamos remontar a idade do universo", comentou Knudsen. Kneib admitiu que a descoberta é "bastante excepcional" porque "põe em questão conclusões tiradas das observações que sugerem que as estrelas nascem no peito das galáxias massivas".
Fonte: Terra/Foto: Insu/Terra Chile/Reprodução
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