(Estadão) Cientistas dos Estados Unidos descobriram evidências de que os jatos de plasma disparados por enormes buracos negros, encontrados no núcleo de certas galáxias, têm origem em campos magnéticos intensos, que atuam como versões cósmicas dos motores dos aviões a jato, focalizando e disparando o material em alta velocidade. O trabalho é descrito na edição desta semana da revista Nature.
Os pesquisadores tiraram essa conclusão do estudo de um blazar, uma fonte intensa de energia que, acredita-se, é alimentada pela queda de gás e poeira em um gigantesco buraco negro.
O blazar emite um par de jatos de plasma, que parte da região na vizinhança do buraco negro a uma velocidade próxima à da luz. O trabalho publicado na Nature é fruto da combinação de observações feitas por diversos radiotelescópios espalhados pelo território dos EUA, que visualizaram o blazar BL Lacertae, a 950 milhões de anos-luz da Terra. BL Lacertae emite um jato apontado diretamente para nós.
O blazar emite um par de jatos de plasma, que parte da região na vizinhança do buraco negro a uma velocidade próxima à da luz. O trabalho publicado na Nature é fruto da combinação de observações feitas por diversos radiotelescópios espalhados pelo território dos EUA, que visualizaram o blazar BL Lacertae, a 950 milhões de anos-luz da Terra. BL Lacertae emite um jato apontado diretamente para nós.
Ao estudar seqüências de imagens de radiotelescópio do blazar, os cientistas liderados por Alan P. Marscher, da Universidade de Boston, descobriram que os jatos têm origem numa região com um campo magnético em forma espiral. O campo é distorcido pela gravidade do buraco negro e pelas partículas que caem no astro. Essa espiral magnética funciona como um "motor a jato", acelerando e focalizando as partículas que acabam emitidas, sob a forma de plasma, a 99% da velocidade da luz.
A idéia de que campos magnéticos distorcidos estariam na origem dos jatos não é nova, mas as observações descritas na Nature representam a primeira comprovação prática da teoria.
"A imagem é a de um mecanismo semelhante ao funcionamento do motor a jato de um avião militar, mas confinado pelas linhas de um forte campo magnético, e não por uma carcaça de metal", escreve David L. Meier, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em um comentário publicado juntamente com o artigo na Nature. "O campo helicoidal age tanto como turbina quanto como bocal".
Pesquisadores esperam que o telescópio espacial Glast, que deverá ser lançado pela Nasa em maio, ofereça observações ainda mais detalhadas dos jatos de blazares.
A idéia de que campos magnéticos distorcidos estariam na origem dos jatos não é nova, mas as observações descritas na Nature representam a primeira comprovação prática da teoria.
"A imagem é a de um mecanismo semelhante ao funcionamento do motor a jato de um avião militar, mas confinado pelas linhas de um forte campo magnético, e não por uma carcaça de metal", escreve David L. Meier, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em um comentário publicado juntamente com o artigo na Nature. "O campo helicoidal age tanto como turbina quanto como bocal".
Pesquisadores esperam que o telescópio espacial Glast, que deverá ser lançado pela Nasa em maio, ofereça observações ainda mais detalhadas dos jatos de blazares.
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