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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Observatório do Cefet-Campos ganha nome de ex-diretor do ON

(JC) Cientista Domingos Fernandes da Costa (1882-1956), ex-diretor do Observatório Nacional, ganha homenagem no norte do estado do Rio de JaneiroO Observatório Astronômico Domingos Fernandes da Costa, na Unidade de Pesquisa e Extensão Agro-Ambiental (Uepa) do Cefet-Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurado no dia 2 de abril. O observatório fica próximo à fronteira dos municípios de Campos e São João da Barra, no lado direito da estrada.
Trata-se de uma homenagem a esse importante cientista brasileiro, natural de São João da Barra, que já teve seu nome dado a escola homenageado em sua própria terra, em 11 de março de 2002 (ver JC e-mail 1993, 15/03/2002). Domingos Fernandes da Costa foi oficial da Marinha do Brasil e astrônomo do Observatório Nacional, de 1909 a 1956, tendo sido diretor da instituição em 1951.
O Observatório Astronômico Domingos Fernandes da Costa possui um telescópio Celestron, de 8 polegadas de diâmetro de espelho (um pouco mais de 20 cm), montado em equatorial (permite acompanhar o movimento do céu) e apontamento GoTo. Isso significa que, por meio de um sistema de computação, se coloca a posição do astro, como a Lua, e ele automaticamente aponta para o corpo celeste.
O Observatório, que foi instalado no terraço da Uepa, possui um abrigo próprio para o equipamento. Tem ainda uma câmera de TV, que permite observar os astros em uma tela de televisão.
Está aberto as escolas e ao público, por meio de agendamento, assim como a trabalhos de pesquisas.
Histórico
O "Comandante Costa", como era conhecido no Observatório Nacional, ingressou na instituição em 1909, na recém criada Diretoria de Meteorologia e Astronomia/ON, época que meteorologia e astronomia caminhavam juntas, quando a instituição funcionava no morro do Castelo, no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Depois de 1920 a diretoria passou a novamente ser denominada Observatório Nacional, ganhando sede nova, no morro de São Januário, com 40.000 m2, onde Costa permaneceu trabalhando mesmo depois de aposentado, em 1954, até seu falecimento em 1956.
Costa gostava de orientar os estudantes na carreira de ciência, deixando muitos seguidores. Em 1912 esteve com o astrônomo Arthur Eddington (futuro pai da Astrofísica), na expedição do eclipse de Passa Quatro, e em 1925 com o cientista Albert Einstein, quando de sua visita ao Rio de Janeiro.
Ele também teve oportunidade de participar da observação do mais famoso eclipse total do Sol, em 29 de maio de 1919, na cidade de Sobral, no interior do Ceará, quando astrônomos ingleses (com equipe de brasileiros do ON e de americanos) puderam obter placas fotográficas do Sol eclipsado e das estrelas no fundo do céu, as quais puderam comprovar, pela primeira vez, a Teoria de Relatividade do cientista Albert Einstein.
(Texto de Marcomede Rangel, do Observatório Nacional)

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