• E-mail para contato:(casf.fortaleza@gmail.com)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Após 50 anos de buscas, astrônomos encontram mais recente supernova da galáxia


(O Globo) Depois de mais de cinco décadas de buscas, astrônomos da Nasa acabam de encontrar a mais recente supernova da nossa galáxia. A descoberta, feita através de resíduos rastreados pelo raio-x de um telescópio terrestre, da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, e de um orbital, o Chandra, vai ajudar no melhor entendimento da freqüência de explosões de supernovas na Via Láctea. A explosão aconteceu há cerca de 140 anos. Antes disso, a supernova mais recente de que se tinha notícia na galáxia era a de 1680, a Cassiopeia A.

Supernova é o nome que se dá ao que sobra depois da explosão de uma grande estrela. A descoberta vai ajudar a entender a freqüência da explosão de estrelas, que libera calor, redestribui grandes quantidades de gases e elementos pesados no Universo, além de estimular a formação de novas estrelas. Uma explosão como essa também pode gerar um buraco negro.

A mais recente explosão não foi observada por telescópios, pois ocorreu próxima do centro da galáxia e foi escondida por uma densa camada de gás e poeira, dminuindo os efeitos da explosão um trilhão de vezes. No entanto, os resíduos podem ser vistos por raio-X e radiotelescópio.
- Nós podemos ver algumas explosões com telescópios do outro lado do universo, mas quando acontecem na escuridão podemos perder no nosso próprio quintal - disse Stephen Reynolds, da Universidade do Estado da Carolina do Norte em Raleigh, que fez o estudo no observatório da Nasa.

- Felizmente, a nuvem de gás brilha nas ondas de rádio e raio-x por milhares de anos - completou.

Segundo os cálculos dos astrônomos, eventos do tipo deveriam ocorrer cerca de três vezes por século em nossa Via Láctea. Com isso, deveriam existir cerca de dez supernovas mais jovens que Cassiopeia A. Logo, os cientistas passaram as últimas cinco décadas procurando em toda a nossa galáxia por eventos mais novos. "É ótimo finalmente encontrar uma", disse o líder do estudo, David Green, da Universidade de Cambridge.

Nenhum comentário: