(EFE/O Globo) A agência espacial americana (Nasa) informou que a sonda "Phoenix" aterrissará no próximo dia 25 sobre uma zona do pólo norte de Marte, e que sua missão principal será coletar amostras de gelo e determinar a existência de material orgânico. A confirmação do sucesso dessa manobra ocorrerá às 20h53 (Brasília) do mesmo dia, disse a Nasa em comunicado.
- Não será uma visita à casa da avó - afirmou em entrevista coletiva Ed Weiler, do departamento de missões científicas da Nasa, ao se referir às dificuldades que a nave enfrentará ao entrar em contato com a fina atmosfera marciana. - Colocar uma nave sobre a superfície marciana é um assunto difícil e arriscado. Já sabemos que menos da metade das missões para Marte tiveram sucesso - acrescentou, mencionando duas sondas da Nasa que se perderam em operações na última década.
Weiler explicou que o principal risco eram as rochas que poderiam atrapalhar a aterrissagem ou impedir o desdobramento dos painéis solares. No entanto, assegurou que as imagens obtidas por uma das câmeras do Mars Reconnaissance Orbiter, em viagem em torno do planeta, mostraram que as rochas na região escolhida para a descida são menores que a nave e que isso ajudará a diminuir os riscos.
A existência de gelo sob a superfície das latitudes mais altas do planeta foi confirmada no início de 2002 pelo "Mars Odyssey", e o "Phoenix" iniciará sua missão em uma região nunca visitada por uma nave espacial, disse Barry Goldstein, diretor do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
A sonda que funcionará com energia solar utilizará um braço robótico de 2,5 metros para recolher amostras de gelo e material que serão analisados por um laboratório a bordo. Outro dos objetivos do "Phoenix" será estabelecer se existiram nessa região condições favoráveis ao desenvolvimento de algum tipo de vida microbiana.
O estudo do terreno poderia fornecer alguma pista sobre se o gelo se dilui como resultado de ciclos térmicos e se as amostras recolhidas por seus instrumentos contêm compostos de carbono, um elemento básico para a formação de vida, explicou a agência espacial americana.
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