(O Globo) Cientistas da Universidade de Princeton, nos EUA, captaram o momento exato do nascimento de uma supernova, um acontecimento do qual só se tinha imagens de horas ou dias depois do máximo de intensidade, segundo um estudo publicado na quarta-feira pela revista científica britânica "Nature". Os cientistas só haviam fotografado apenas sinais posteriores à explosão.
A maioria das estrelas maciças termina sua curta vida em meio a uma espetacular explosão, que dá origem ao nascimento de uma supernova. Essa explosão sintetiza novos elementos químicos, mais pesados do que os existentes em estrelas normais, e contribui para a evolução da galáxia.
Uma supernova é uma explosão estelar que produz objetos de grande brilho na esfera celeste e costuma aparecer onde antes não se observava nada. Sua aparição é pouco freqüente, com apenas algumas por galáxia a cada cem anos, mas podem ser vistas de galáxias distantes devido à sua intensa luminosidade.
A equipe de pesquisadores de Princeton, liderada por Alicia Soderberg, testemunhou casualmente o nascimento de uma supernova na galáxia da constelação do Lince, situada a 90 milhões de anos-luz da Terra. Enquanto estudavam a emissão de raios X de uma supernova que se apagou um mês antes, conseguiram captar a explosão de raios X "extremamente luminosos" que aconteceu no preciso momento da explosão da estrela-mãe.
Utilizando o satélite Swift, que faz parte de uma missão conjunta da Nasa com o Science Technology and Facilities Council (STFC) do Reino Unido e a Agência Espacial Italiana, conseguiram captar as emissões de raios X durante cinco minutos.
Os cientistas atribuem o nascimento da supernova à onda expansiva da estrela maciça que morre - que tem massa oito vezes superior à do Sol. Além disso, eles prevêem que futuros estudos dos raios X emitidos podem mostrar o nascimento de muitas outras supernovas, o que contribuiria para o conhecimento da onda expansiva da estrela, que expele uma grande parte da sua massa ao espaço.
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