(JB) Mais de 16 mil escolas se mobilizaram na última sexta-feira (9), quando foram aplicadas as provas da XI Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, uma realização da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT), por meio do programa AEB Escola, e da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). Cerca de 500 mil estudantes, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio participaram desta edição.
Alunos com deficiência visual também participaram, já que a organização teve o apoio da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV) e da gráfica do Senado para a confecção das provas em braile.
O objetivo da olimpíada é despertar o interesse dos alunos pelas temáticas da astronomia e espacial, envolvendo, assim, conteúdo complementar do currículo de ciências. O interesse pela OBA tem sido cada vez maior. No primeiro ano que o AEB Escola passou a integrar o projeto, em 2003, participaram 76 mil estudantes e, no ano passado, foram 350 mil inscritos. O número de escolas também aumentou, 31% em 2007, em relação a 2006.
Além de resolver questões multidisciplinares que instigam o conhecimento, os participantes da XI OBA tiveram como desafio construir um mini-foguete didático. As provas, tanto escrita quanto prática, têm o objetivo de ensinar e atrair o aluno, mais do que avaliar o conhecimento. A OBA não tem o caráter de competição. Por isso, as provas e as atividades experimentais são elaboradas de modo a minimizar as notas baixas e o desempenho dos estudantes não são divulgados .
Todos os participantes recebem certificados e são distribuídas mais de 20 mil medalhas, como forma de valorizar o esforço dos estudantes. Para motivar os envolvidos, são selecionados 50 estudantes com os melhores resultados nas questões de Astronomia. Eles participam do XIII Ciclo de Cursos Espaciais da Comissão de Ensino da SAB.
O objetivo do curso é iniciar o treinamento e a seleção da equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia do ano seguinte. Um curso de Astronomia também será organizado para os professores representantes ou colaboradores da OBA, no mesmo período e local.
Já os 40 estudantes com os melhores desempenho nas questões de Astronáutica e os campeões da Olimpíada Brasileira de Foguetes, realizada em paralelo, participam da Jornada Espacial. A jornada é um curso avançado sobre ciências espaciais promovido pela AEB, pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT). Este evento será realizado no segundo semestre deste ano, em São José dos Campos (SP).
Foguetes
Além de aplicar as provas, a organização da OBA propõe todos os anos uma atividade prática para ser desenvolvida em sala de aula. Com base nos registros e observações feitos ao longo da realização dos experimentos, os participantes podem optar por responder uma questão adicional da prova.
Este ano, a atividade prática será a construção de um relógio estelar. Com este experimento, os alunos aprenderão como se orientar no tempo, a partir da posição das estrelas. No ano passado, quase 50% das escolas participantes fizeram a atividade experimental, a construção de um relógio solar.
Outra atividade experimental promovida pela OBA é a Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBFOG), que este ano se realiza pela segunda vez. A OBFOG consiste na proposição de desafios para construção e lançamento de foguetes.
O desafio para os estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental, nesta edição, será a construção de foguetes utilizando canudinhos plásticos, sendo vencedores aqueles foguetes que alcançarem maiores distâncias no seu lançamento.
E para o Ensino Médio, a tarefa prática será a construção de foguetes movidos a reação química, usando frascos plásticos de desodorante. O desafio será o desenvolvimento do combustível, a partir da matéria-prima indicada no regulamento, que poderá ser uma bala tipo menta ou ainda comprimidos antiácidos.
Todos os participantes receberão certificados e serão distribuídas 20 mil medalhas. O resultado da prova da XI OBA será divulgado em julho.
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