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terça-feira, 13 de maio de 2008

Telescópio virtual leva internauta em turnê espacial

(g1/BBC) A empresa de softwares Microsoft acaba de lançar um novo serviço gratuito que disponibiliza imagens do espaço recolhidas por alguns dos melhores telescópios do mundo.
Galáxias rodopiantes, nebulosas e estrelas que explodem ficarão à disposição de internautas apaixonados por astronomia.

O WorldWide Telescope incluirá coleções de imagens obtidas pelos telescópios Hubble e Spitzer e pelo Observatório de raios-X Chandra, entre outros.

O serviço, disponível na internet, permitirá que usuários explorem planetas, luas e outros objetos celestiais.

De qualquer ponto da Terra, o internauta poderá traçar as posições precisas desses corpos no céu.

"Os usuários podem ter uma visão de raio-X do céu, dar um close em nuvens de radiação e descobrir as nuvens remanescentes da explosão de uma supernova mil anos atrás", diz Roy Gould, pesquisador do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics.

Outro pesquisador, Roy Williams, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, afirma que o telescópio virtual é "uma bela plataforma para explicar e fazer as pessoas se entusiasmarem pela astronomia".

O especialista avalia que astrônomos profissionais também vão usar o serviço.

Visão Detalhada

Usuários terão de baixar o WorldWide Telescope pela internet. O serviço só é compatível com o sistema operacional Windows.

A Nasa (agência espacial americana) contribuiu com imagens obtidas pelas sondas que enviou a Marte, pelos telescópios espaciais Hubble e Spitzer e pelo Observatório de raios-X Chandra.

Outra fonte de imagens é o projeto Sloan Digital Sky Survey, ainda em andamento, que tem a missão de capturar imagens detalhadas de mais de 25% do céu noturno.

O WorldWide Telescope, lançado em versão para testes, também inclui "turnês do universo", apresentadas por astrônomos renomados, e oferece a possibilidade de que o usuário crie sua turnê personalizada.

Uma das turnês, intitulada Dust and Us, criada por Alyssa Goodman, professora de astronomia da Universidade de Harvard, leva o internauta a um passeio pelas regiões escuras das galáxias onde as estrelas e os planetas se formam.

Opções

O novo programa da Microsoft não é o único a permitir que astrônomos explorem o céu a partir de seus computadores.

O programa de código aberto Stellarium, lançado em 2001 e também gratuito, permite o acesso a mais de 210 milhões de estrelas, além de planetas e luas.

O serviço foi criado por Fabien Chereau, um pesquisador do Observatório de Paris, e é usado em muitos planetários.

No ano passado, o site de buscas Google também lançou um serviço adicional ao Google Earth que permite que astrônomos passeiem por imagens de mais de 1 milhão de estrelas e 200 milhões de galáxias.

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