(Reuters / O Globo) O ônibus espacial Discovery aterrissou sem problemas neste sábado, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, às 11h15m (horário de Brasília), duas semanas depois de decolar para uma missão que deu ao Japão uma presença permanente no espaço. O ônibus espacial Discovery partiu da Estação Espacial Internacional na quarta-feira, deixando no espaço o laboratório japonês Kibo, um novo astronauta e grandes esperanças de que a missão seja concluída em 2010.
Pilotado por Ken Ham, o Discovery o Discovery chegou à ISS no dia 2 de junho para levar a principal contribuição japonesa ao complexo de US$ 100 bilhões: o laboratório Kibo, de 11 metros de comprimento. A entrega do laboratório à Estação Espacial Internacional foi o ponto alto da missão.
"A missão está chegando ao fim, mas será bom voltar para casa hoje", disse o comandante da Discovery, Scott Kelly, em contato por um transmissor com o centro de controle da missão em Houston, no Estado do Texas, antes da aterrissagem.
A Nasa autorizou a aterrissagem apesar da perda de uma argola metálica que se desprendeu do leme da Discovery. Navegando de cabeça para baixo e para trás 353 quilômetros acima do Oceano Índico, os dois motores de manobra da Discovery foram acionados às 10h10m (11h10m pelo horário de Brasília), reduzindo a velocidade da nave, de 28 mil quilômetros por hora, e permitindo que concluísse sua órbita.
- Esperamos ter deixado uma estação melhor e mais capaz do que a que encontramos ao chegar - disse o comandante do Discovery, Mark Kelly, em mensagem de rádio aos controladores de vôo, no momento em que o ônibus espacial se preparava para partir.
A Discovery trouxe de volta à Terra o tripulante Garrett Reisman, depois de três meses de tarefas em órbita. Ele foi substituído por Greg Chamitoff, da Nasa.
Da estação, Greg Chamitoff, que substituiu o engenheiro de vôo Garrett Reisman, respondeu:
- Foi incrível a quantidade de coisas feitas aqui. Desejamos a vocês um ótimo vôo de volta à Terra e uma excelente aterrissagem - antes da partida do Discovery em sua viagem de retorno.
O diretor de aviação da Nasa, Richard Jones, definiu o vôo da Discovery como "uma missão absolutamente fantástica".
Ele ressaltou as poucas dificuldades técnicas da espaçonave, apesar da complexidade da estrutura do ônibus espacial, e o trabalho da equipe a bordo para resolver rapidamente um potencial problema quando objetos foram vistos flutuando perto da nave na sexta-feira .
Com esta missão, a equipe completou a terceira das cinco missões planejadas pela Nasa para este ano. O próximo vôo deve acontecer em outubro, quando o ônibus espacial Atlantis for lançado para um último serviço no telescópio espacial Hubble. Até 2010, quando a Nasa vai aposentar as atuais espaçonaves, ainda ocorrerão 10 missões. A agência está trabalhando em uma nova nave que possa ir tanto à lua quanto à estação espacial.
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