(Estadão - Herton Escobar) Imagine só: dia 20 de junho será o dia mais curto do ano, chamado Solstício de Inverno. É o dia com o menor tempo de luz e maior tempo de escuridão, que marca o início do inverno no Hemisfério Sul e do verão, no Hemisfério Norte. Tudo isso tem a ver com a posição da Terra em relação ao Sol, o que explica também por que temos estações com climas diferenciados ao longo do ano: primavera, verão, outono e inverno.
Pois bem, começando do básico: a Terra gira em torno de si mesma e em torno do Sol. Para dar um giro em torno de si mesma leva 24 horas (um dia) e para completar uma volta em torno do Sol leva 365 dias (um ano). Quando você está de frente para o Sol é dia, e quando está de costas para ele, é noite.
A pegadinha agora é a seguinte: o equador da Terra não está perfeitamente alinhado com o chamado plano da eclíptica, que marca a trajetória do planeta o redor do Sol. Imagine que a órbita da Terra é um corrimão circular pelo qual o planeta desliza, como se fosse uma pérola deslizando pelo barbante de um colar. O detalhe é que a linha do Equador dessa pérola não está apontada diretamente para o Sol no centro da roda - ela está tombada 23,5 graus em relação à eclíptica.
Se ainda assim ficou confuso (e é confuso mesmo), experimente essa: Imagine que a Terra é uma azeitona com um palito de dente espetado no meio, marcando os pólos Norte e Sul. Agora imagine que o plano da eclíptica é a superfície de uma torta de frango, com o Sol no meio. Agora espete essa azeitona em cima da torta, só que meio tortinha, num ângulo de 23,5 graus. É isso. (ou então veja esta imagem no site Wikipedia, que explica tudo melhor do que qualquer palavra).
Qual a importância disso tudo? Muita! É por causa dessa inclinação que existem as estações. Se a azeitona estivesse espetada em um ângulo perfeitamente perpendicular sobre a superfície da torta, não haveria primavera, verão, outono ou inverno. O clima seria constante durante todo o ano em cada região do planeta, porque cada região receberia sempre a mesma incidência de radiação solar. No equador seria sempre super quente, nas altas latitudes seria sempre outono (mais ou menos) e o gelo dos pólos seria muito menor. “Seria uma monotonia terrível”, diz o astrônomo Oscar Matsuura, que me ajudou a entender toda essa geometria celeste.
Muita gente acha que as estações são determinadas pela distância da Terra em relação ao Sol. (Outra pegadinha é que a órbita da Terra não é um círculo perfeito ... na verdade ela é levemente achatada, na forma de uma elipse, e o Sol não está exatamente no centro, por isso há momentos em que o planeta está mais próximo e mais distante da estrela).
Mas a distância não tem nada a ver com o que os termômetros marcam na superfície. É a inclinação do eixo da Terra que faz a diferença.
Trata-se de engano compreensível para nós, habitantes do Hemisfério Sul, pois quando é verão aqui a Terra está, de fato, mais próxima do Sol. E no inverno, está mais distante. “Mas é a apenas uma coincidência”, ressalta Matsuura. No Hemisfério Norte ocorre o oposto: a Terra está mais próxima do Sol no inverno e mais distante, no verão.
A explicação, novamente, está na inclinação do eixo: o Hemisfério Norte está mais “de frente” para o Sol no verão, por isso recebe mais radiação solar, apesar de estar num ponto mais distante da órbita.
Voltando ao início: o tempo de luz e escuridão de cada dia também só varia por causa da inclinação da Terra e sua posição em relação ao Sol. O Solstício de Verão (21 de dezembro) é quando o Sol passa mais alto no céu e o dia é o mais iluminado possível.
O Solstício de Inverno é quando o Sol passa mais baixo no horizonte e o dia é menos iluminado. Daqui em diante, os dias ficarão progressivamente mais longos para nós no Hemisfério Sul, apesar do clima ficar mais frio. Até dezembro, quando começarão a ficar mais curtos de novo.
Pense nisso no próximo dia frio e iluminado de inverno.
Pois bem, começando do básico: a Terra gira em torno de si mesma e em torno do Sol. Para dar um giro em torno de si mesma leva 24 horas (um dia) e para completar uma volta em torno do Sol leva 365 dias (um ano). Quando você está de frente para o Sol é dia, e quando está de costas para ele, é noite.
A pegadinha agora é a seguinte: o equador da Terra não está perfeitamente alinhado com o chamado plano da eclíptica, que marca a trajetória do planeta o redor do Sol. Imagine que a órbita da Terra é um corrimão circular pelo qual o planeta desliza, como se fosse uma pérola deslizando pelo barbante de um colar. O detalhe é que a linha do Equador dessa pérola não está apontada diretamente para o Sol no centro da roda - ela está tombada 23,5 graus em relação à eclíptica.
Se ainda assim ficou confuso (e é confuso mesmo), experimente essa: Imagine que a Terra é uma azeitona com um palito de dente espetado no meio, marcando os pólos Norte e Sul. Agora imagine que o plano da eclíptica é a superfície de uma torta de frango, com o Sol no meio. Agora espete essa azeitona em cima da torta, só que meio tortinha, num ângulo de 23,5 graus. É isso. (ou então veja esta imagem no site Wikipedia, que explica tudo melhor do que qualquer palavra).
Qual a importância disso tudo? Muita! É por causa dessa inclinação que existem as estações. Se a azeitona estivesse espetada em um ângulo perfeitamente perpendicular sobre a superfície da torta, não haveria primavera, verão, outono ou inverno. O clima seria constante durante todo o ano em cada região do planeta, porque cada região receberia sempre a mesma incidência de radiação solar. No equador seria sempre super quente, nas altas latitudes seria sempre outono (mais ou menos) e o gelo dos pólos seria muito menor. “Seria uma monotonia terrível”, diz o astrônomo Oscar Matsuura, que me ajudou a entender toda essa geometria celeste.
Muita gente acha que as estações são determinadas pela distância da Terra em relação ao Sol. (Outra pegadinha é que a órbita da Terra não é um círculo perfeito ... na verdade ela é levemente achatada, na forma de uma elipse, e o Sol não está exatamente no centro, por isso há momentos em que o planeta está mais próximo e mais distante da estrela).
Mas a distância não tem nada a ver com o que os termômetros marcam na superfície. É a inclinação do eixo da Terra que faz a diferença.
Trata-se de engano compreensível para nós, habitantes do Hemisfério Sul, pois quando é verão aqui a Terra está, de fato, mais próxima do Sol. E no inverno, está mais distante. “Mas é a apenas uma coincidência”, ressalta Matsuura. No Hemisfério Norte ocorre o oposto: a Terra está mais próxima do Sol no inverno e mais distante, no verão.
A explicação, novamente, está na inclinação do eixo: o Hemisfério Norte está mais “de frente” para o Sol no verão, por isso recebe mais radiação solar, apesar de estar num ponto mais distante da órbita.
Voltando ao início: o tempo de luz e escuridão de cada dia também só varia por causa da inclinação da Terra e sua posição em relação ao Sol. O Solstício de Verão (21 de dezembro) é quando o Sol passa mais alto no céu e o dia é o mais iluminado possível.
O Solstício de Inverno é quando o Sol passa mais baixo no horizonte e o dia é menos iluminado. Daqui em diante, os dias ficarão progressivamente mais longos para nós no Hemisfério Sul, apesar do clima ficar mais frio. Até dezembro, quando começarão a ficar mais curtos de novo.
Pense nisso no próximo dia frio e iluminado de inverno.
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