(Folha) A Phoenix deve tentar dar início nesta terça-feira (24) à análise química do solo de Marte por via úmida. O braço robótico da sonda deve se posicionar para colocar amostras de uma vala apelidada de "snow white" (neve branca) em um instrumento chamado Meca (Microscopy, Electrochemistry and Conductivity Analyzer), como forma de analisar aspectos como a acidez do solo e a presença de sais.
Depois que as amostras forem colocadas no instrumento, deve demorar um ou dois dias até que os estudos sejam iniciados. Ontem, os técnicos iniciaram os primeiros testes com o equipamento, ao transformar gelo --levado da Terra-- em água.
"A água na célula de análise por via úmida é congelada, então antes de fazer um experimento nós precisamos ter certeza de que tudo foi descongelado", afirma Sam Kounaves, um dos pesquisadores da missão, em nota. "É como despejar uma determinada quantidade de água de uma proveta quando você faz um experimento químico --você tem de usar toda a água para que seu experimento funcione".
Uma das funções do Meca é analisar a composição química do solo de Marte ao misturar as amostras com água. Também nesta terça-feira, a Phoenix deve colocar amostras do "snow white" em um microscópio óptico.
Na semana passada, técnicos da missão disseram estar convictos de que o material brilhante encontrado na superfície de Marte é gelo, e não sal. Eles chegaram a essa conclusão em razão de quantidades do material que haviam sido fotografadas pela sonda terem desaparecido do solo --indicando que a água congelada sublimou após ter sido exposta no solo.
Para confirmar a informação, a Phoenix vai colocar amostras da superfície em um instrumento da sonda, chamado Tega (sigla em inglês para Analisador de Gás Térmico e Expandido), para confirmar essas impressões.
A Phoenix está em Marte desde o dia 25 de maio com a missão de investigar as características da água e outros materiais existentes no pólo norte do planeta --procurando por condições propícias para a vida no planeta, como compostos orgânicos.
Apesar de estar a cerca de 275 milhões de km de distância, a Phoenix age de acordo com comandos enviados por profissionais em terra. Os técnicos recebem informações enviadas pela sonda e, com base nessas análises, enviam os comandos para a sonda.
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