(ESA / Fapesp) O Júlio Verne, veículo automatizado de transferênciada Agência Espacial Européia (ESA), conseguiu reabastecer de combustível propulsor a Estação Espacial Internacional (ISS).
No momento do reabastecimento, no dia 17, os dois veículos se deslocavam a cerca de 28 mil km/h. Uma carga de 811 quilos foi transferida de uma vez, em menos de meia hora, na primeira operação do gênero para o programa espacial europeu.
A espaçonave também é a primeira não russa a reabastecer outra estrutura espacial em órbita da Terra. A carga foi composta de 280 quilos de propelente (dimetilhidrazina) e 530 quilos de tetróxido de nitrogênio, que atua como fonte de oxigênio para que o combustível possa queimar no espaço.
Por causa das características tóxicas e explosivas da hidrazina, a transferência foi feita por meio de dutos localizados externamente às estruturas pressurizadas do Júlio Verne, conectados aos tanques do módulo russo na ISS.
O módulo de serviço russo é o único na estação espacial dotado de um sistema de propulsão, que é usado para reposicionar a ISS, corrigindo os efeitos do arrasto atmosférico.
A transferência foi feita de modo automático e a tripulação da estação não participou da operação. A preparação foi feita a partir do centro da ESA em Toulouse, na França. O reabastecimento envolveu 20 pessoas no centro em Toulouse e 30 no controle da ISS em Moscou.
"A Europa acaba de ganhar uma nova capacidade espacial, que representa mais um passo no desenvolvimento dos programas de exploração avançados", disse Jean-François Clervoy, conselheiro sênior da missão. O Júlio Verne foi lançado da base de Kourou, na Guiana Francesa, no dia 9 de março.
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