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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Asteróide duplo passa nesta segunda pela Terra

(Terra / JB) Um asteróide navega pelo espaço próximo ao nosso planeta, segundo informações do site LiveScience. Depois de dividir-se em duas pedras gigantes que orbitam entre si, o objeto estará mais próximo da Terra nesta segunda-feira, dia 14 de julho, a cerca de 1,4 milhões de milhas (dois milhões de quilômetros) do planeta. É uma distância quase seis vezes maior do que a existente entre a Terra e a Lua. Não há perigo de haver um choque com a Terra.

Os objetos, catalogados como 2008 BT18, foram descobertos pelo programa de pesquisa MIT LINEAR em janeiro.

Mas os cientistas querem saber mais sobre asteróides binários porque um dia eles poderão atravessar o nosso caminho. E desviar um binário fora do curso poderia ser consideravelmente mais desafiador do que alterar a trajetória de uma única rocha.

Imagens do radar do Observatório Arecibo, em Porto Rico, realizadas nos dias 6 e 7 de julho "mostram claramente dois objetos", disse Lance Benner do Jet Propulsion Laboratory da Nasa. Os objetos têm o tamanho estimado de 600 metros de altura e 200 metros de diâmetro. O maior faz uma rotação completa em seu eixo em cerca de três horas.

Observações suplementares do radar Goldstone da Nasa, no deserto de Mojave na Califórnia, devem trazer mais informações sobre a densidade, formas e da órbita do par.

Asteróides, muitas vezes, soltam pedaços o que faz com que a formação em pares seja bastante comum. Os cientistas anunciaram no início do mês de julho que binários podem ser criados quando a energia da luz solar divide um asteróide em dois.

Embora a maioria dos asteróides movem-se em um cinturão entre Marte e Júpiter, alguns são lançados deste espaço e cruzam o nosso caminho em torno do sol. Cerca de 15% destes asteróides próximos da Terra são binários, mas poucos deles vêm tão perto.

O asteróide 2008 BT18 continua classificado pela NASA como "potencialmente perigoso" porque a sua órbita futura não foi totalmente determinada.

Asteróides são conhecidos por mudar de rumo ao longo do tempo e, segundo observações, uma grande rocha chamada Apophis irá alterar o seu curso significativamente durante sua passagem pela Terra em 2029. A gravidade da Terra irá curvar a trajetória da rocha ao redor do sol.
Dependendo de como essa interação acontecer, a Apophis tem uma pequena chance de bater no nosso planeta em 2036. Os cientistas, no entanto, esperam que a probabilidade de impacto diminua ou que ela evapore durante a aproximação.

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