Foto: ISS em órbita sobre a Holanda. Crédito: Ralf Vandebergh.
Depois de várias tentativas e pesquisas, quando finalmente conseguimos ver a ISS cruzar o céu, a satisfação é tão grande que não temos palavras para descrever. Só quem já passou por esse momento sabe o que ele significa. É a mesma sensação que temos ao passar no vestibular, quando constatamos que nossos esforços foram recompensados!
Uma vez que se aprende a rastrear e ver a ISS, as outras tentativas vão se tornando mais corriqueiras, mas só quando olhamos pra trás é que percebemos quantas coisas tivemos que aprender e pesquisar antes que isso fosse possível.
Desafios
Se para alguns observadores ver a ISS já é o máximo do aprendizado, para outros é apenas o começo e logo procuram novos desafios, cada vez mais complexos. Assim, alguns montam verdadeiras estações de rastreio e estabelecem contatos via rádio com a tripulação, ficando, em muitos casos, até "amigos" dos astronautas. Outros, entretanto, não se contentam em ver a ISS de tão longe e buscam todos os meios para vê-la cada vez mais de perto.
Recentemente, já sabendo que o complexo espacial cruzaria o céu da Holanda, o astrônomo amador Ralf Vandebergh não poupou esforços para ver a ISS bem de perto e durante toda a passagem pelo céu seguiu a Estação com seu telescópio de 10 polegadas. Vandebergh sabia o momento exato em que o engenho iria atingir a elevação máxima possível de 90 graus - ponto de maior aproximação de qualquer satélite - e disparou a máquina fotográfica acoplada ao seu instrumento.
A foto feita por Vandebergh mostra toda estrutura do complexo espacial, os painéis solares, laboratórios científicos e até mesmo o cargueiro europeu Julio Verne acoplado. No entanto, segundo o próprio Vandebergh, o que mais chamou a atenção foram os dois radiadores térmicos completamente abertos e raramente fotografados.
Radiador
TérmicoSempre que o assunto é a ISS, os radiadores são pouco mencionados, mesmo sendo um dos elementos mais críticos da Estação, sem os quais a tripulação não sobreviveria.
A ISS é fortemente vedada contra o frio do espaço exterior e o calor gerado pelas pessoas e equipamentos em seu interior leva muito tempo para ser dissipado. Se nada fosse feito a temperatura subiria e tripulação seria literalmente cozida no interior da nave. Neste momento entram em cena os radiadores. O sistema de arrefecimento da ISS funciona de forma muito similar ao radiador dos automóveis, com a diferença que usa amônia com 99.9% de pureza no lugar da água. O motivo é simples: a água fatalmente congelaria dentro dos dutos no exterior da Estação, enquanto o amoníaco permanece líquido.
Além de servirem para dispersar o calor do interior da ISS, os radiadores são altamente refletivos, o que adiciona ainda mais brilho à ISS, tornado mais bela sua passagem pelo céu.
Como vimos, se observar a ISS já é uma tarefa que exige grande quantidade de passos, fotografar a Estação em movimento é uma tarefa ainda mais complexa, pois exige mais equipamentos e uma dose ainda maior de conhecimentos, que como você sabe, só se aprende com muita leitura e pesquisa.
Como você leu este artigo até aqui, acreditamos que você tenha exatamente esse perfil. Então... Que tal experimentar?
Um comentário:
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Se cadastrem, VALE À PENA... Olha um exemplo aí:
Thursday 22 November 2007 Time Object (Link) Event
20h33m26s ISS
→Ground track →Star chart Appears 20h28m39s 3.0mag az:230.4° SW horizon
Culmination 20h33m26s -2.9mag az:307.1° NW h:33.6°
distance: 591.3km height above Earth: 345.9km
Disappears 20h35m17s -2.5mag az: 6.4° N h:16.1°
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