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terça-feira, 8 de julho de 2008

Júpiter brilha forte e também dá show de beleza no céu noturno

(Apolo11) No último final de semana os apreciadores do céu puderam testemunhar uma das mais belas conjunções celestiais. Durante três noites consecutivas, Lua, Marte, Saturno e a estrela Regulus estiveram visualmente muito próximos, proporcionando uma magnífica composição. Quem olhou para o céu dificilmente vai esquecer esse dia.




Mas como sempre acontece nessas horas, muita gente perdeu o espetáculo, que agora só pode ser visto através das fotos feitas pelos amantes do céu. Se você foi uma dessas pessoas e não conseguiu ver o show celeste, não desanime. Temos uma boa notícia!

Muitos já repararam que uma "estrela" muito brilhante pode ser vista no céu, logo nas primeiras horas da noite. É praticamente impossível não vê-la. Seu brilho é tão intenso que não dá para passar despercebida. O que poucos sabem é que a tal "estrela" é, na realidade, o maior planeta do sistema solar, que durante esses dias estará dando um verdadeiro show de brilho e beleza no céu do quadrante leste, aquele em que o Sol nasce.

O planeta é Júpiter, que neste momento está 620 milhões de quilômetros da Terra e brilha com a intensa magnitude de -2.3. Júpiter é de fato muito grande. Seu diâmetro é de 71492 quilômetros, cerca de 11 vezes maior que a Terra, com volume 1300 vezes superior.

Júpiter é conhecido pela sua Grande Mancha Vermelha e pelos seus quatro satélites principais, vistos pela primeira vez por Galileu Galilei em 1610: Ganimedes, Europa, Io e Calisto.

Aula de astronomia

A observação de Júpiter nos proporciona uma verdadeira aula de astronomia, principalmente se o observador tiver um binóculo, ou melhor ainda, uma pequena luneta. Seu período de rotação é de 9h54m, o que significa que é possível ver uma boa parte do planeta durante algumas horas de estudo. Uma observação apurada nos revelará a Grande Mancha Vermelha, uma gigantesca tempestade atmosférica com ventos de mais de 600 quilômetros por hora.

Outro show é proporcionado pelas luas galileanas. Io, por exemplo, leva 1.7 dias para completar uma volta ao redor do planeta e é muito comum vê-la posicionada à frente do disco jupiteriano, formando um pequeno ponto. Também é normal quando está eclipsada e escondida pelo gigante. Ganimedes, Europa e Calisto também mudam frequentemente de posição o que nos permite, sem muitas complicações, calcular seus períodos de translação ao redor do planeta.

Se você gosta de astronomia e ciências (afinal está lendo este artigo!) este é um bom momento para fazer suas observações e aprender sobre Júpiter. Poderá até mesmo tentar fazer algumas fotografias. Duas horas de observação noturna durante alguns dias ensinarão mais que mil palavras. Experimente. É de graça!

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