O fundo de 'Branca de Neve', vala cavada no solo marciano pelo braço robô da Phoenix
(Associated Press / Estadão) A primeira degustação do solo marciano feita pela sonda Phoenix, da Nasa, não revelou os materiais essenciais para a vida, e a próxima poderá ser a última. Engenheiros dizem que um curto-circuito ocorrido no mês passado em um dos fornos usados para assar minúsculas amostras de solo, liberando gases que depois são analisados, poderá se repetir na próxima ativação do instrumento.
"Já que não há como avaliar a probabilidade de outro curto-circuito, estamos adotando a abordagem mais conservadora e tratando a próxima amostra... como, possivelmente, a última", disse o chefe científico da missão, Peter Smith, em nota divulgada na quarta-feira, 2.
A Phoenix, que pousou próximo ao pólo norte de Marte em 25 de maio, tem oito fornos que podem ser usados apenas uma vez cada, projetados para aquecer o solo marciano e investigar os gases liberados em busca de água e de sinais de matéria orgânica, as moléculas essenciais para a vida.
A sonda pôs uma primeira amostra em um forno no mês passado. O experimento não produziu gelo ou material orgânico. Inicialmente, o torrão de terra não foi capaz de entrar no forno, e os cientistas tiveram de vibrar o instrumento por vários dias, até precipitar uma amostra pela abertura. O curto-circuito pode ter sido causado pela vibração constante.
Cientistas querem assar outra amostra de solo, desta vez extraída do chão juntamente com lascas de gelo, na próxima semana. Simulações serão realizadas para garantir que o gelo chegará ao forno antes de sublimar-se.
Nesta quinta-feira, amostras de solo estão sendo analisadas pelo potente microscópio da sonda.
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