Observação de dois pulsares confirmou previsões da relatividade geral.Astrônomos confirmam que a teoria funciona mesmo em gravidade intensa.
(Efe / G1) O ofusque de duas estrelas de nêutrons a 1.700 anos luz da Terra confirmou um efeito cósmico citado pelo físico alemão Albert Einstein há quase um século em sua teoria da relatividade, segundo um estudo divulgado na edição desta semana revista "Science".
Os cientistas utilizaram o telescópio da Fundação Nacional das Ciências para realizar durante quatro anos um estudo sobre duas estrelas de nêutrons chamadas pulsares, que emitem ondas de rádio.
Dentre quase 2 mil pulsares identificadas, este é o único caso em que as estrelas giram ao redor uma da outra, explicou René Breton, da Universidade McGill, em Montreal (Canadá).
Além disso, o plano de sua órbita está perfeitamente alinhado com a visão do telescópio desde a Terra de modo que, quando uma passa por trás da outra, o gás ionizado que a rodeia ofusca o sinal do pulsar.
Quando isto ocorre, a magnestosfera de um pulsar absorve as ondas emitidas pelo outro, permitindo aos astrônomos determinar sua orientação espacial.
Em 1915, Einstein profetizou que em um sistema de dois objetos de massas enormes, como estas estrelas de nêutrons, a força gravitatória de uma, além de seu movimento de rotação, modificaria o eixo de rotação da outra em um fenômeno chamado na astronomia de precessão.
"Acho que se Einstein vivesse, estaria feliz com estes resultados", indicou Michael Kramer, do Centro de Astrofísica de Jodrell Bank da Universidade de Manchester.
Além de Breton e Kaspi, participaram do estudo outros cientistas do Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e França.
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