Gráfico dos dados captados sobre V598 Puppis, traçado sobre foto da mesma região do céu
(Estadão) O observatório espacial europeu XMM-Newton descobriu uma estrela explodindo na Via-Láctea. O estágio da explosão detectado pelo satélite mostra que ela deveria ter sido avista a antes, até mesmo por astrônomos na Terra - mas ninguém parece tê-la notado.
Em 9 de outubro de 2007, o observatório encontrou uma fonte luminosa e inesperada de raios-X. A fonte não constava de nenhum catálogo de emissores desse tipo de radiação. O único corpo celeste que a equipe de cientistas do XMM-Newton conseguiu associar aos raios-X foi uma estrela tênue, conhecida apenas pelo número de catálogo USNO-A2.0 0450-03360039. Astrônomos de todo o mundo foarm rapidamente alertados para acompanhar a fonte.
Uma equipe no Chile determinou que USNO-A2.0 0450-03360039 estava brilhando 600 vezes mais que o normal, e os cientistas determinaram que a estrela havia se tornado uma nova. Isso ocorre quando uma estrela anã branca absorve gás de uma estrela vizinha, até acumular massa suficiente para desencadear uma súbita explosão nuclear.
Mas, segundo a Agência Espacial Européia (ESA) a situação criou um mistério: novas não emitem raios-X no instante exato da explosão, mas dias depois. A despeito disso, ninguém informou ter assistido à nova antes da detecção dos raios no espaço.
Uma busca em sistemas automatizados que tiram fotos do céu revelou que a nova havia sido registrada em 5 de junho de 2007, e que foi perfeitamente visível da Terra, mesmo a olho nu. A despeito disso, nenhum astrônomo, profissional ou amador, chegou a descobrir a nova, que agora passou a se chamar V598 Puppis.
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