(Panorama Espacial) Quase cinco anos após a tragédia do VLS-1 V03 em Alcântara (MA), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/CTA) retomará os ensaios de ignição de motores do lançador brasileiro. Para o próximo dia 6, está prevista a realização de um teste do propulsor S-43, que equipa os dois primeiros estágios do VLS-1B (versão atualizada do VLS-1, concebida com auxílio de instituições russas), numa operação de custo estimado em US$ 1 milhão.
“Será um teste de bancada, que não faz nenhuma movimentação, a não ser uma simulação do tiro desse motor. Permitirá que nós verifiquemos a quantas andam os aperfeiçoamentos com vistas ao futuro lançamento desse foguete em bases reais, que deve se dar em 2012. Vários requisitos de segurança foram trabalhados, com o fim de atingir melhor performance e uma atualização do escopo técnico do projeto”, disse em entrevista concedida à Agência Brasil o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem.
O ensaio do dia 6 testará várias alterações implementadas no motor. "A parte de proteção térmica estrá sendo testada. Outra alteração foi o aumento do espaço vazio para a expansão dos gases e a mudança mais significativa no sistema de ignição, dispositivo mecânico de segurança, que evita que a energia transite por circuitos de forma indesejada”, explicou à Agência Brasil Ulisses Côrtes Oliveira, coordenador de Veículos Lançadores da AEB.
Segundo o cronograma da AEB, apenas a partir de 2012 será possível a execução de um vôo completo do VLS-1B, capaz de inserir uma carga útil em órbita. Até lá, vários testes deverão ser realizados. O governo tem ainda o desafio de avançar com a construção da Torre Móvel de Integração (TMI), licitada há alguns anos, mas que até o momento não teve seu contrato assinado.
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