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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Em busca de tesouro escondido Nasa chocará sonda contra Lua - Parte 2

Local do Impacto

(Apolo 11) Atualmente, a equipe de Colaprete está estudando qual seria o melhor local para o impacto, considerando as diversas crateras escuras. "O primeiro e mais importante critério é o que seja mais produtivo do ponto de vista da ejeção de material", explica o cientista. "De nada vai adiantar atingir um iceberg se não conseguirmos ejetar o material e expô-lo à luz solar. Isso é crucial".




Esquema do impacto contra o fundo da cratera. 1 minuto após o choque uma grande
nuvem de material gelado será expelida da cratera. Após 10 minutos esse material
será atingido pelos raios ultravioletas do Sol, que quebrará as partículas de água (se
houver) formando uma grande nuvem de hidróxido.


Caso o impacto ocorra próximo a uma parede muito alta, o material ejetado terá que se deslocar por longa distância até que saia da sombra da parede e atinja os raios solares. Por outro lado, se o choque ocorrer em uma encosta íngreme o material será dispersado lateralmente ao invés de subir em direção à claridade. Assim, o melhor local deve ser uma cratera de fundo relativamente plano, com menos de 15 graus de inclinação, com o regolito macio e livre de entulhos ou acidentes que possam amortecer o golpe.

Segundo Colaprete, o melhor local para o impacto é uma cratera de 17 quilômetros de diâmetro a oeste da cratera Peary, localizada nas coordenadas 88.6°N e 33.0°E, próxima ao pólo norte lunar. "Estamos fazendo o possível para que a data do lançamento permita o impacto nesta região".


Visibilidade Direta


A escolha do local do impacto também precisa levar em conta outro fator: a visibilidade a partir da Terra. Centenas de astrônomos amadores e profissionais se juntarão ao robô e assistirão o impacto.

Pólo norte lunar, com as diversas crateras sombreadas destacadas em amarelo.

Crédito: Ames Research Center/Nasa/LCROSS Team.

A explosão em si não poderá ser vista já que será escondida pelas paredes da cratera, mas os astrônomos e observadores poderão ver a pluma de material ejetado. Após o impacto um cone de partículas se expandirá até a altura de 6 mil metros acima da superfície da Lua e se propagará por aproximadamente 40 km em todas as direções. Reluzindo devido à luz solar, o material atingirá um brilho estimado entre 6 e 8 magnitudes, invisível aos olhos humanos, mas facilmente observável através de telescópios.

A equipe de Colaprete irá acompanhar toda a seqüência de impacto no Havaí, enquanto a Lua estiver alta sobre o Pacífico. Para isso será utilizado o poderoso telescópio infravermelho do Observatório de Mauna Loa, onde diversos pesquisadores também estarão presentes.

O impacto da sonda LCROSS contra a superfície lunar será provavelmente um evento internacional. De acordo com o boletim de estratégias de observação divulgado pela Nasa, o impacto também será acompanhado pelo observatório da ESO, no Chile, o que supõe que observadores no Brasil também poderão ver o impacto, mas com a Lua já próxima do horizonte. No entanto é necessário esperar a confirmação das datas e horários, já que diversos fatores estão envolvidos. Mesmo assim, o evento será transmitido ao vivo e poderá ser visto aqui no Apolochannel, que retransmite a Nasa-TV.

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