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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Glast mapeia raios gama no céu e passa a se chamar Fermi

Nome é homenagem ao físico italiano Enrico Fermi, um dos maiores nomes na história da física de partículas


(Estadão) O Telescópio de Raios Gama de Grande Área (Glast, na sigla em inglês) passa a se chamar Telescópio Fermi de Raios Gama, em homenagem ao físico italiano Enrico Fermi (1901-1954), um dos maiores nomes na história do campo da física de partículas. O novo nome foi anunciado nesta terça-feira, 26, juntamente com a apresentação do primeiro mapa de raios gama do céu feito pelo telescópio, lançado em junho. O mapa do Fermi foi feito em 95 horas, enquanto que missões anteriores precisaram de anos para obter uma imagem similar.

O mapa revela as fontes de raios gama existentes no céu, como o gás aquecido dentro da Via-Láctea, pulsares brilhantes e uma galáxia ativa a bilhões de anos-luz de distância. Cientistas esperam que o telescópio descubra vários pulsares na Via-Láctea, revele processos em andamento nas vizinhanças de buracos negros e ajude na busca por novas leis da física.

O físico brasileiro Eduardo do Couto e Silva, um dos responsáveis pela missão, disse, antes do lançamento do telescópio, que o observatório espacial havia sido criado para atuar como uma ferramenta interdisciplinar, unindo astrofísica à física de partículas e avançando nas áreas de fronteira das duas ciências.

O Fermi poderá confirmar algumas previsões polêmicas feitas por cientistas, como a possibilidade de variações na velocidade da luz e a existência de dimensões extras no espaço.

Um dos instrumentos da nave detectou 31 explosões de raios gama no primeiro mês de operação do equipamento. Essas explosões, as mais energéticas do universo, ocorrem quando estrelas morrem ou quando duas estrelas de nêutrons colidem.

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