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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Trabalho na aeronáutica ainda não tem supervisão externa

(Folha) Muitas recomendações do relatório de investigação do acidente com o VLS em 2003 foram adotadas pelo IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço). Mas uma delas, que determinava a criação de uma comissão externa para acompanhar a adoção das mudanças, não foi seguida.

O documento sugeria que quem inspecionasse o desenvolvimento do foguete não pertencesse a entidades ligadas ao projeto. Cinco anos após a tragédia, porém, a avaliação continua sendo feita só pela AEB (Agência Espacial Brasileira) e pelo CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial).

"Não temos uma comissão específica de como está o programa", diz Francisco Pantoja, diretor do IAE. "A grande comissão externa que a gente tem é a própria sociedade olhando."

Segundo o coronel, não há intenção de manter nada sob sigilo, mas as descobertas que são fruto do esforço de inovação tecnológica do projeto permanecerão resguardadas.

"Aquilo que é novo você procura preservar porque é um conhecimento que se obteve de forma difícil." Pantoja diz que não seria adequado o IEA nomear uma comissão externa por conta própria, já que é o órgão executor do VLS.

"Eu sou o inspecionado", diz. "Da minha parte, posso dizer que seria interessante a gente ter [a comissão externa], mas talvez não sejamos nós que vamos criar uma coisa assim."

A investigação do acidente de 2003 também apontou problemas materiais, como cabos elétricos sem blindagem na torre e falta de dispositivos mecânicos de segurança para controlar do sistema pirotécnico --mecanismos que acionam os motores e as espoletas que separam os estágios do foguete.

Pantoja afirma que os problemas de infra-estrutura apontados no Centro de Lançamento de Alcântara, como a falta de um radar meteorológico, estão sendo resolvidos. "Tudo isso está sendo reposto, e o radar já foi adquirido", diz.

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