• E-mail para contato:(casf.fortaleza@gmail.com)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cientistas questionam existência de planeta mais jovem


Um recente estudo publicado pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) questionou a existência do planeta HL Tau b, descoberto por astrônomos britânicos em 2008 e considerado o mais jovem já encontrado. A região onde está o suposto planeta - orbitando a HL Tau, uma estrela muito jovem com um disco de gás e poeira massivo e brilhante - não abriga condensação de poeira cósmica, requisito indispensável para a existência de um protoplaneta (fase inicial da evolução planetária), explicou o estudo, que também foi divulgado na revista The Astrophysical Journal Letters.

De acordo com Guillem Anglada, do Instituto de Astrofísica de Andalucía (CSIC), em Granada, um dos autores do estudo, a conclusão dos cientistas britânicos foi "precipitada". "O planeta estaria longe demais da estrela, se tomarmos como exemplo o Sistema Solar. "A essa distância, a densidade de material no disco estelar é muito baixa para ocorrer formação planetária", avaliou.

Segundo Luis Felipe Rodríguez, que também participou do trabalho, os novos dados sugerem que se o HL Tau b realmente existir, ele não é composto por um material frio como a poeira cósmica, mas sim por algo bastante quente e parecido com o encontrado nos arredores de estrelas em formação. "A distância verificada do HL Tau b é típica de estrelas companheiras (duplas ou mais) do que de planetas em formação", considerou.

Em nota, o CSIC disse que os cientistas detectaram uma instabilidade na zona interna do disco de gás e poeira que rodeia a estrela, um elemento que poderia ser a semente de novos planetas. Apesar de ainda não estar confirmado, os pesquisadores estimam que essa falta de estabilidade seria fruto das interações provocadas por um planeta em suas primeiras etapas de formação.

O estudo também teve a participação de Carlos Carrasco-González, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, e Salvador Curiel, da Unam. As observações foram realizadas com os rádiotelescópios Very Large Array, do Observatório Nacional de Astronomia dos Estados Unidos.


Fonte: Redação Terra

Nenhum comentário: