(Folha) A sonda espacial Rosetta, da Agência Espacial Européia, deve chegar a 800 km do asteróide Steins no próximo dia 5 de setembro. A espaçonave-robô, cujo objetivo principal é investigar o cometa Churyumov-Gerasimenko, entre 2014 e 2015, aproveitará a proximidade com o Stein para analisar as propriedades desse bólido espacial de composição incomum.
"Observações remotas indicam que o Steins é feito de minerais com ferro e elementos mais pesados, semelhantes aos que compõem a Terra", diz o astrônomo David Nesvorny. O asteróide pode, portanto, ser um remanescente do processo que formou nosso planeta.
O Sistema Solar surgiu de um nuvem de gás e grãos de poeira, feita do material que sobrou da formação do Sol. Esses grãos se aglutinaram até formar rochas chamadas planetesimais, que colidiam entre si. A fusão delas é que originou os planetas rochosos e os asteróides.
Dependendo da distância do Sol até o local onde se formaram, os planetesimais tinham composições diferentes. Os mais próximos da estrela eram feitos de elementos mais pesados. É por esse motivo que os planetas de órbita mais central, como Mercúrio, são mais densos que aqueles mais distantes.
Segundo Nesvorny, o Stein pode ter se formado na região onde também surgiu a Terra. Só depois ele teria migrado para o cinturão de asteróides.
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